outubro 26, 2010

I love running

momentos de correria no trabalho
de corrida na academia (\o/)
corre-corre pra deixar a casa com cara de lar
e muita felicidade no coração
1 mês bem feliz :)

outubro 17, 2010

tenho, logo pertenço

Eu adorooo livros (e confesso ser bem viciadinha na Amazon.com). Assim como @marcellopereira , que sempre compartilhava comigo suas compras, wishlist e até alguns fretes da Amazon. Numa dessas comprinhas, ele acabou recebendo dois exemplares do livro "THE COMFORT OF THINGS", do antropólogo Daniel Miller. Livro nunca é demais, por isso, acabei comprando essa edição extra que a Amazon o enviou.

O livro é simplesmente sensacional. O antropólogo (e a sua equipe) escolheram uma rua de Londres e vistaram todos os seus moradores. A ideia era justamente avaliar a relação dessas pessoas com a sua casa e seus objetos. Então, cada capítulo conta a história de um desses moradores. É simplesmente genial.

A principal conclusão do estudo, está justamente no nome do livro: "I sort of expected, but couldn't really fully imagine, the sadness of lives and the comfort of things".
Parece uma conclusão óbvia dessa nossa sociedade consumista, mas não é bem esse signficiado que o autor está trabalhando. Na verdade, o que o antropólogo concluiu, é que as pessoas criam verdadeiras relações com os objetos das suas casas. O morador tem uma relação emocional com tudo - e não só de indentidade, que gera um sentido, um sentimento de pertencimento àquele lugar.

Eu já havia estudado esse livro, e principalmente, sobre essa relação das pessoas com as suas casas, mas agora que me mudei de cidade, consegui sentir isso de uma maneira mais real.

O que realmente te faz sentir parte de um lugar? Não é apenas um endereço e um emprego? O que me estabele como uma verdadeira moradora de São Paulo? E do meu novo apartemento? Como realmente me sentir parte, pertencente ao novo espaço?

A minha primeira conclusão é que precisava RESTABELECER MINHA ROTINA, para realmente fazer parte da cidade e não viver como uma turista. É claro, por isso, tenho que incorporar minha realidade, minhas preferências, minha vida nesse novo lugar. Adaptando o que for necessário. O engraçado disso, é que a propaganda, a mídia, a vida, nos ensina que rotina é sinônimo de coisa ruim, parada, sem movimento. Carpe Diem! Agora, eu percebo, que é justamente o contrário. A rotina é mais uma dessas relações que trazem sentindo à vida. Rotina não é, necessariamente, algo ruim. Rotina pra mim, é poder jogar meu futebolzinho toda semana. Sem futebol, minha vida fica mais triste.... (por exemplo).

E segunda, e mais importante e ligada ao livro, eu preciso ESTABELER OS ELEMENTOS QUE ME FAZEM SENTIR EM CASA. Por exemplo, ainda estou meio acampada no meu apartamento, principalmente sem sala (sem tv, sem net, sem sofá, sem mesa...). Racionalmente pensando, eu não sinto falta desses elementos. Tenho aproveitado pra conhecer lugares aqui em sampa, resolver outras questões do apto, ler mais, namorar. Mas o que eu sinto falta de verdade? De poder receber pessoas na minha casa. Desde a época da faculdade, antes mesmo de morar sozinha, a minha casa sempre foi o ponto de encontro das minhas amigas. Então, agora, eu me dei conta que isso estava me angustiando muito. Eu quero poder curtir minha casinha. E sem esses elementos, a minha felicidade não vai ser completa.

Louco isso. Eu até imagina, não não tinha a real dimensão "about the comfort of things"...

imagens via aqui e aqui.

outubro 13, 2010

Quarta é dia de Chmkt!


Novo logo x velho logo.
O que vc faria se os fãs e consumidores da sua marca, rejeitassem seu novo logo? Voltaria atrás? Ou fingiria que nada aconteceu? Confere lá essa louca história da GAP.

outubro 07, 2010

Desafio ao Varejo de Telefonia

Com a mudança para São Paulo, tive que experimentar mais uma vez a fúria do atendimento das redes de telefonia. Eu poderia, aqui, descrever todos os absurdos e casos do péssimo atendimento e serviço, mas tenho certeza que todo mundo já passou pelos meeeeesmos problemas e histórias.


Por isso, decidi ir mais a fundo. Ao invés de ficar apenas discutindo os mesmos defeitos, que todo mundo já conhece, eu queria saber mais. Afinal, por que todas varejistas de telefonia são tão - tão tão tão - ruins?

Ano passado, eu tentei decifrar a lógica do negócio, atráves desse post. Hoje, vejo que o problema foi muito mais além. Por isso, decidi descrever como o varejo de telefonia está indo no sentindo contrário as tendências de varejo do mundo.


PROBLEMA 01: NÃO EXISTE UMA MARCA ÚNICA E NACIONAL
Não, eu não fiquei louca de vez. Você já se deu conta que esse papo de cobertura nacional é só um MENTIRA DESLAVADA do setor? Ok, calma, no mínimo uma MEIA VERDADE. Quer ver? Se eu sou cliente do Bradesco, por exemplo, eu consigo tirar dinheiro em qualquer caixa eletrônico do Brasil. Se eu sou cliente de qualquer uma das telefonias no DDD 51, isso não significa nada em SP. Eles não tem acesso a nenhum dos meus dados e eu não posso fazer nada na loja. E sou tratada como qualquer cliente, sem nenhuma vantagem (menos vantagens de quem ta migrando de outras operadoras, por exemplo).

PROBLEMA 02: CANAIS C-O-M-P-L-E-T-A-M-E-N-T-E DESCENTRALIZADOS
Além de ter uma atuação regional, ainda existem diferentes operações nos canais da marca. Na época do outro post, falei em 3 envolvimentos.






Aqui em SP, percebi que tem mais uma categoria, quando fui num desses quiosques de shopping: "Desculpa, nós não temos esse serviço ou não podemos te dar qualquer vantagem na compra, porque nós não somos uma loja, somos uma revenda". Quê???? Enquanto o mundo inteiro está discutindo maneiras de integrar os canais, a telefonia cria novas maneiras de se distanciar do consumidor. Eu chego a uma conclusão: eu não sou cliente TIM, então, eu sou cliente TIM 51 pela central de telefone e pelas lojas da minha região, sem contar as revendas. Só eu acho isso um total absurdo? Eu como consumidora, quero me envolver com a marca, da maneira que for mais rápida e eficiente pra mim, certo?






PROBLEMA 03: SERVIÇOS, PRA QUÊ?

Enquanto as outras modalidades de varejo enchem seus caixas com o lucro de serviços e produtos financeiros, o que a telefonia tem para nos oferecer? Nada! Você sabia que o lucro da Best Buy cresceu 40% depois que ela criou o Geek Squad? Enquanto isso, foi quase impossível comprar um seguro contra roubo para o meu iPhone. Depois de tentar 3 canais pra saber se minha operadora tinha esse serviço - sem sucesso - só consegui comprar na Vivo (e mesmo assim, só depois de comprar uma linha pré-paga, que tenho que manter ativa e cancelar no caso do roubo do meu outro aparelho, que nem é Vivo). Eu entendo que no universo em que as operadoras oferecem aparelhos de graça, esse serviço não parece ter valor. Mas com essa explosão de iPhones e Blackberrys, tenho certeza que muita gente teria interesse.

PROBLEMA 04: DIFICULTAR O MÁXIMO A INFORMAÇÃO
Já é difícil conseguir alguma informação no call center, que não está integrado a loja. Ou sem ficar horas intermináveis naquelas filas de atendimento absurdas, que na maioria das vezes não acaba em nada. Mas ouvi uma nova nesse final de semana, ainda mais interessante, de uma pessoa que ainda não conseguiu comprar o novo iPhone: ela pediu o telefone da loja mais próxima do seu trabalho, para ligar e saber quando o aparelho chegaria (e evitar de ter que ir todo dia a loja). Adivinha? As lojas não possuem um número comercial. Você não tem como ligar para uma loja de telefonia. Ironia?

PROBLEMA 05: NINGUÉM QUER FAZER DIFERENTE
Não adianta fazer propaganda bonita. Todas são iguais, não tem como mudar ou esperar uma atitude diferente.



Então, como esse efeito Apple, filas e uma louca corrida para adquirir novas tecnologias, eu percebo que as telefonias não estão preparadas. Enquanto a indústria enlouquece com novos gadgets, com celulares cada vez menores e integrados, fica difícil para o varejo entender uma nova dinâmica de atendimento e serviço. Eu acredito que não deva ser fácil - entendo que tem problemas de rede de distribuição, de descentralização das redes, etc. Mas não consigo evitar de pensar: será mesmo que não há espaço para o novo? Se outros setores conseguiram, o que impede a telefonia?

Então, eu lanço aqui um desafio. Será que tem alguma operadora disposta a tentar? Será que faltam ideias? Soluções mais criativas? Eu tenho no mínimo algumas para dividir. Alguém vai encarar?

imagem via weheartit