junho 02, 2011

We love a mission


Alguns tempinho atrás, a Ingrid fez um post no seu blog sobre a sua expectativa como mãe: ela esperava tanto de si mesma, que de repente se viu como uma MÃE-MISSIONÁRIA - que deixou "tudo de lado" para se dedicar a família.

Engraçado como esse texto mexeu comigo, e fiquei com ele na cabeça por vários e vários dias. E me dei conta, como esse é um tipo de comportamento muito comum: quando assumimos a responsabilidade pela felicidade alheia.

No caso da Ingrid, ela estava questionando seu papel como mãe. Mas o mesmo pode acontecer em relação a amigas, namorado, marido, trabalho, etc, etc, etc. Eu mesmo, já me vi assim em várias situações.

É muito fácil cair nessa armadilha: de repente, você começa a tomar a decisão pensando nos outros, e não mais no que você gostaria de fazer ou no que imagina que é a melhor solução. Mesmo quando você não precisaria ficar tão preocupada com o assunto. O problema é que passa a cobrar os outros por essa decisão. E, ai, que começa a gerar frustração. Afinal, a princípio você estava fazendo isso pelos outros, e não o que vc originalmente faria.... Hummm? Será?

Qual é a melhor solução? Não sei mesmo. Às vezes é fácil de cair na tentação de responsabilizar os outros pelas nossas decisões. Ao mesmo tempo, não podemos viver numa bolha, sem considerar a opinião e a vontade do outro, de quem a gente ama.

O importante é tentar chegar num equilíbrio, e ter a consciência que a escolha é sua.
Independente da decisão que você toma.

Um comentário:

Desconstruindo a Mãe disse...

Haja terapia pra entender como eu consegui adquirir esse hábito de tomar pra mim tudo como uma missão!

Estou não apenas descobrindo, mas questionando e, aos poucos, conseguindo dizer não para alguns projetos em que já saem me encabeçando sem consulta.

Também estou escolhendo fazer com prazer aquilo a que me dedico, seja uma boa causa, como o amigo que está hospitalizado e precisando de recursos para se adaptar a uma vida cadeirante após um assalto, ou tirar um tempo para mim, coisa que não fazia.

Esse excesso de cobrança por ser 100% e manter uma pose de capa da Você S.A. nunca combinou comigo, mas juro que tentei dar o melhor de mim em tudo e não aceitei que preciso dividir tarefas, reconhecer que não dou conta, que é bom deixar que as pessoas decidam e arquem com suas escolhas...

Todos estamos saindo ganhando!

Beijo, querida! Quando vier a POA, saiba que sou vizinha da sua mãe e não temos desculpas para não nos conhecermos pessoalmente!!!

Ingrid